Grupos de trabalho

O grupo trabalha as questões da prática clínica e  articulações  teóricas em sua dimensão micropolítica, ou seja, como políticas de existência.

Propõe traçar caminhos que tragam para a experiência psicanalítica uma discussão sobre as possibilidades de trabalhar com as forças pulsionais mobilizadas pela transferência.

Forças pulsionais essas atravessadas pela afetação do psicanalista num movimento de decolonização.

Periodicidade: Quinzenal - 1º e 3º domingo do mês às 17h

Representante: Vilma Rangel

Componentes:

Vilma Rangel            
Priscila Magalhães     
Suzana Neves           
Eliana S. Reis            
Luana de Moraes       
Maria Valdês             
Victor  Maia               
Ligia Dursky             
Ângela Guimarães 

O Grupo de Trabalho de Discussão Clínica privilegia a apresentação e discussão de casos clínicos pensando os vínculos entre teoria e prática psicanalítica. As temáticas,  sugeridas coletivamente, visam contemplar as modalidades de sofrimento psíquico presentes no cenário sócio-cultural vigente. No sentido de investigar a via sensível de elaboração no setting psicanalítico buscamos debater formas de atuação levando em conta os aspectos singulares dos processos de subjetivação na contemporaneidade.

Periodicidade: Mensal - 1ª quinta-feira do mês às 21h

Representante: Patrícia Serfaty

Componentes:

Adelina Cataldo
Ana Beatriz Lima
Angela Guimarães
Anna Seixas
Beatriz Boueri
Bianca Cortes
Bruno Siniscalchi
Camila Salgado
Carlos Coelho
Eduardo Medeiros
Gabriela Fonseca
Igor de Paula
Júlio Bandeira
Leila Ripoll
Lígia Durski
Luana Moraes
Luciano Dias
Luiz Paulo Martins
Luiza Rondas
Marcelo Vasconcelos
Marcia Balmberg
Maria Cristina Louro
Marielena Legey
Patricia Serfaty
Pedro Cattapan
Priscila Magalhães
Roberto Benetti
Scheilla Nunes
Vilma Rangel

O tema do grupo é a relação entre psicanálise e arte e as formas de subjetivação implicadas no fazer psicanalítico e no fazer do artista.

Periodicidade: Mensal - 4ª quarta-feira do mês às 20h45

Representante: Margarida Cavalcanti

Componentes:

Beatriz Boueri
Desirée Jung
Francisco Nogueira
Lígia Durski
Marcelo Vasconcelos
Margarida Cavalcanti
Mariana Pombo
Marielena Legey
Morgana Rech
Nelma Cabral
Patricia Serfaty
Paula Gaudenzi
Zelia Villar

O objetivo do grupo é estudar a obra de Foucault, enfocando sua interlocução com a psicanálise. Atualmente, outubro/2022, o grupo iniciou a discussão do curso ministrado por Foucault no Collége de France 1981-1982, L’Herméneutique du sujet, onde são discutidas as relações entre subjetividade e verdade, tendo como ponto de partida a noção de “cuidado de si”. Esse texto foi traduzido para o português e editado pela Martins Fontes, Hermenêutica do Sujeito, 2004.

Periodicidade: Mensal - 3ª segunda-feira do mês, às 21h

Representante: Leila Ripoll

Componentes:

Ana Beatriz Lima da Cruz
Andrea Albuquerque
Ângela Guimarães
Bruno Siniscalchi
Elizabeth Donnici
Joel Birman
Leila Ripoll
Luciano Dias
Luiz Paulo Martins
Margarida Cavalcanti
Patrícia Serfaty
Paulo Próspero
Solange Catanhede
Wedencley Alves

A relação entre psicanálise e política não é óbvia, muito menos, unívoca. Embora Freud tenha sempre pensado a política a partir da psicanálise (problematizando, por exemplo, a guerra, o poder, a violência, as massas, o mal-estar), nem sempre os/as psicanalistas levaram às últimas consequências essa relação. Além disso, ainda que o discurso freudiano tenha mantido sempre o horizonte da política em sua obra, algumas questões fundantes da modernidade não foram trabalhadas, como a escravização, a colonização e o racismo – e suas imbricações com o capitalismo (Faustino, 2022) -, o que, provavelmente, repercutiu no silenciamento dessas questões na comunidade psicanalítica, por tantas décadas, e incide na prática e pensamento da psicanálise ainda hoje.

Com as necessárias interpelações contracoloniais que vêm sendo feitas ao campo psicanalítico, uma série de questões começaram a se colocar, por exemplo: que marcas da europeidade são encontradas no texto freudiano, ou ainda, da psicanálise pós-freudiana? Em que medida o fantasma colonial permeia (mesmo que de forma não-dita) a teoria psicanalítica? Assentada em que epistemologia o discurso psicanalítico se fundou? Como o regime patriarco-colonial, marcado pela hegemonia branca, bem como, pela heterossexualidade compulsória e pelo binarismo sexual afetaram a construção da teoria psicanalítica?

Essas questões se desdobram em outras, sobretudo, para nós, psicanalistas brasileiras/os: como se deu o trânsito da teoria psicanalítica para o Sul Global? Em que medida a recepção da psicanálise no Brasil ignorou essas contingências histórico-temporais – próprias de sua matriz européia -, incorporando a teoria e prática psicanalítica de maneira acrítica e desconsiderando, portanto, nossas particularidades locais? Que consequências isso teve e ainda acarreta para as instituições de psicanálise, para os processos de análise e de formação? Como formular um pensamento psicanalítico sem as amarras coloniais? Ou ainda, como pensar uma psicanálise brasileira?

Essas são algumas das questões que têm norteado o GT Psicanálise e Política. Tendo em vista que a psicanálise não é atemporal e que o inconsciente não é a-histórico, temos nos colocado a debater a despatriarcalização, desheterossexualização e descolonização da psicanálise – “tripé” proposto por Preciado (2019) para refundar a psicanálise – bem como, as relações raciais de poder. Para tanto, temos trabalhado contribuições de pensadoras/es como Lélia Gonzalez, Deivison Faustino, Jota Mombaça, Helena Vieira, Paulo Galo, Lia Schucman, Frantz Fanon, Grada Kilomba, Isabelle Stengers, Paul Preciado, Achille Mbembe.

Além disso, concordando com Preciado (2019) de que não basta mudar conceitos e teorias, mas que é preciso refutar as epistemologias através dos quais esses foram formulados, temos realizado um trabalho não só de problematizar a epistemologia fundante da psicanálise, mas de transitar por epistemologias outras. Nosso intuito não é, de modo algum, encontrar equivalências – o que seria replicar uma lógica colonial e uma violência epistemológica – mas de reconhecer aquilo que se coloca como opacidade entre elas, ou ainda, como a psicanálise pode se deixar a ver a partir dessas epistemologias.

Periodicidade: Mensal - 3ª quarta-feira do mês às 21h

Representante: Bruno Siniscalchi e Natasha Helsinger

Componentes:

Beatriz Boueri
Bruno Siniscalchi
Carlos Coelho
Leila Ripoll
Luciano Dias
Luiza Rondas
Natasha Helsinger
Scheilla Nunes

A palavra problematizações no nome do GT Problematizações da Formação em Psicanálise tem um sentido inerente aos objetivos do grupo, ou seja, acentuar a importância de colocar em pauta questões a respeito transmissão da formação e do ofício do psicanalista.

Problematizar implica em um trabalho de elaboração, abertura de novos caminhos a partir da abordagem crítica dos diversos modelos de formação de psicanalistas. Em consonância com a instituição, o GT parte da proposição de que a psicanálise se transmite pela experiência que se funda no inconsciente e na transferência. Ainda em consonância com a orientação da instituição, se posiciona de modo contrário a qualquer formação de analistas alicerçada em relações hierárquicas de poder e recusa qualquer apropriação da formação de analista submetido às leis do mercado e/ou ao modelo universitário.

No nosso GT problematizamos a própria psicanálise e seus compromissos teóricos e clínicos com as questões e impasses do sofrimento psíquico na contemporaneidade, em suas manifestações no ocidente, nos países do mundo não ocidental e na realidade brasileira.

Periodicidade: Mensal - 2ª segunda-feira do mês às 21h

Representante: Carlos Coelho

Componentes:

Carlos C. Coelho
Priscila Magalhães
Júlio Bandeira de Mello
Nelma Cabral
Bianca Cortes
Marielena Legey
Maria da Salete Salles
Maria Cristina Louro